A mulher na criação de Deus

Na criação perfeita de Deus, cada ser tinha seu lugar e sua função, e a harmonia reinava. No entanto, o próprio relato bíblico afirma que essa harmonia não era tão perfeita assim: havia algo que não estava bem – a solidão existencial do ser criado à imagem e semelhança de Deus.

Naturalmente, esse ser não poderia desenvolver a plenitude de sua semelhança com o Criador, pois Deus é essencialmente relacional e o homem, por ser único, não encontraria outro ser que lhe correspondesse, mesmo diante de toda a variedade da perfeita criação.

Em sua infinita bondade e sabedoria, Deus cria um ser para ajudar o homem a sair de sua solidão existencial. Esse ser já surge das mãos artísticas do perfeito Criador com uma missão e a cumpre de forma plena: ajudar o homem em algo que ele não poderia realizar por si mesmo – sair da solidão.

O termo “ezèr kenegdo” – cujas versões no português são “ajudadora idônea”, “ajudadora que lhe seja idônea”, “alguém que o auxilie e lhe corresponda”, “ajuda que lhe seja adequada” – é com frequência mal interpretado, transmitindo a ideia de que a mulher criada é uma subordinada ou prestadora de serviços com grau inferior ao do primeiro ser humano criado.

No entanto, se conferirmos o termo “ezèr” em outras passagens bíblicas (por exemplo, no Salmo 46.1), ele nos mostrará o próprio Deus como nosso “ezèr”, ou seja, aquele que nos tira de uma situação da qual não podemos sair sozinhos (por exemplo, da tribulação).

A palavra “ezèr”, quando se refere a Deus, jamais é traduzida portando a ideia de que Deus é nosso subordinado ou prestador de serviços, mas a ideia de Deus como auxílio, ajudador, em algo que está acima de nossas capacidades. Logo, afirmar que a mulher é subordinada ao homem é uma falta grave na interpretação bíblica ou uma leitura parcial tendenciosa.

A grande motivação da criação da mulher é, primariamente, o companheirismo, termo que vem do latim “cum panis”, que significa “aquele com quem dividimos o pão”. Essa sim é a bela finalidade da criação da mulher – um ser que está ao meu lado e com quem eu posso dividir o meu pão.

Infelizmente, o pecado trouxe a distorção relacional entre o homem e a mulher (Gn 3.16) e criou o distanciamento naquilo que deveria ser perfeitamente harmonioso. A partir do pecado, o homem passa a subjugar e a tratar a mulher como inferior, não a percebendo mais como “obra perfeita do Criador”.

Entretanto, o Deus pleno de amor e misericórdia encontra um caminho para restaurar toda a criação dos efeitos do pecado – “Se alguém está em Cristo, é nova criação” (2Co 5.17, grifo meu).

Que notícia fantástica para os que abraçam a fé em Cristo: não estamos mais sob o pesado jugo do pecado como norteador de nossas vidas, mas nossas mentes são renovadas, transformadas pelos valores do evangelho (Rm 12.2), que traz a boa nova: “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus” (Gl 3.28, grifo meu).

Logo, viver na ideia da inferioridade, da subserviência, da menos valia da mulher, é viver ainda no padrão da criação caída e pecaminosa – o que é inadmissível para quem se proclama cristão.

Valorizemos a figura da mulher dentro de nossas comunidades de fé, dentro de nossos campos de ação profissional e dentro de nossa sociedade como um todo. Muito antes de qualquer Lei Maria da Penha, o verdadeiro evangelho já nos conclamava a tratar a mulher com toda a dignidade que ela possui – a dignidade de portadora da “imago Dei” (imagem de Deus), criada para partir o pão à mesa comigo.

Resumo

  • A mulher foi criada por Deus para ser companheira do homem, ajudando-o a sair de sua solidão existencial.
  • O termo “ezèr kenegdo” não significa subordinação, mas auxílio e ajuda.
  • A distorção relacional entre o homem e a mulher foi causada pelo pecado.
  • Em Cristo, somos nova criação e não há mais distinção entre homens e mulheres.
  • Devemos valorizar a mulher em todas as esferas da vida.

Veja um artigo que aprofunda o que está sendo discutido aqui em nosso post

Em um mundo onde somos constantemente bombardeados por informações e entretenimento, é fácil nos esquecermos da importância do crescimento pessoal. Como Jonh C. Maxwell destaca em seu texto reflexivo, ” 3 coisas que você deve fazer para encorajar outras pessoas a crescerem,” (tradução livre do inglês), todos nós já experimentamos momentos que nos impactaram profundamente, seja através de uma nova experiência culinária, uma descoberta literária ou até mesmo um encontro casual que nos fez refletir sobre nós mesmos. No entanto, enquanto é fácil compartilhar essas descobertas tangíveis, encorajar o crescimento pessoal em outros e em nós mesmos pode ser uma jornada desafiadora.

Maxwell nos oferece três dicas valiosas para inspirar e apoiar o crescimento pessoal em outros, começando com a importância fundamental de sermos rápidos em ouvir. Em um mundo onde todos desejam ser ouvidos, demonstrar genuíno interesse pelo que os outros têm a dizer comunica valor e respeito. A habilidade de ouvir ativamente não apenas fortalece os relacionamentos, mas também cria um espaço onde o crescimento pode florescer organicamente, pois as pessoas se sentem verdadeiramente ouvidas e compreendidas.

Outra dica poderosa que Maxwell compartilha é a importância de sermos rápidos para rir. O riso tem um poder incrível de criar conexões humanas genuínas e aliviar o estresse que muitas vezes acompanha o processo de crescimento pessoal. Ao encontrar alegria nos momentos desafiadores e compartilhar risos com os outros, podemos criar um ambiente positivo que nutre o crescimento e a resiliência.

Por último, Maxwell nos lembra da importância de sermos rápidos em encorajar os outros. Muitas vezes, podemos reconhecer as qualidades positivas em outras pessoas que elas mesmas não conseguem ver. Ao oferecer encorajamento sincero e apontar os pontos fortes dos outros, podemos desempenhar um papel significativo em capacitá-los a alcançar seu pleno potencial.

Como alguém comprometido com o crescimento pessoal, incorporo essas dicas em minha própria jornada. Procuro ser um ouvinte atento, pronto para oferecer suporte e orientação quando necessário. Além disso, encontro alegria em compartilhar risadas e momentos de positividade com aqueles ao meu redor, criando um ambiente propício para o crescimento mútuo.

Posto isto, encorajo você, meu leitor, a também incorporar essas dicas em sua vida, cultivando relacionamentos autênticos e criando um ambiente onde todos possam florescer e alcançar seu

verdadeiro potencial.

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